domingo, abril 22, 2012
sábado, fevereiro 25, 2012
Sapientia Nepotica: dos palavrões dos adultos
O Manuel (5 anos), furioso por alguma desfeita que não entrevi, investiu contra as miúdas das Oficinas de Expressão Artística, e berrou "Oh putas!". Eu engoli em seco, puxei-o e disse "isso não se diz". Já no carro expliquei-lhe que era uma palavra muito feia, que não se dizia nunca. O Manuel inclinou a cabeça para eu o poder ver bem no retrovisor, e declarou que "puta" quer dizer apenas que é uma menina pequenina, e que os adultos é que são parvos porque pensam que é uma palavra feia. Mas não é.
terça-feira, janeiro 31, 2012
quarta-feira, setembro 28, 2011
quarta-feira, setembro 21, 2011
Da culpa dos outros
Até Junho, para o PSD a culpa da crise era exclusivamente do governo, que derrubou, precipitando a necessidade de ajuda externa, com o argumento de que "chega de austeridade". Agora, depois de aplicar medidas de austeridade muito mais duras que o as previstas no "memorando da tríade" (continuo a preferir grego a russo), muitíssimo mais duras do que as do PEC 4, agora a culpa é da Grécia e do Alberto João.
quarta-feira, setembro 14, 2011
Do pagamento de impostos em épocas de crise
Faz hoje 369 anos que o Pe. António Vieira pronunciou o Sermão de Santo António, na igreja das Chagas, em Lisboa, a apelar à participação de todos no esforço de guerra para manter a independência do reino, restaurada ainda não havia 2 anos. Apelava concretamente a que todos participassem com os seus impostos, o que seria o tema dominante das Cortes que se reuniram no dia seguinte. É uma ideia que continua bem actual, num país onde todos tentam fugir aos impostos, sobretudo os que têm mais, e onde se instalou a prática terceiro-mundista do pagamento sem factura, sem perceber que assim não vamos a lado nenhum. Dou a palavra a Vieira.
Estes (*) são os elementos de que se compõe a república. Da maneira, pois, que aqueles três elementos naturais deixam de ser o que eram, para se converterem em uma espécie conservadora das cousas: Ex eo, quod fuit, in alteram speciem commutatur; assim estes três elementos políticos hão de deixar de ser o que são, para se reduzirem unidos a um estado que mais convenha à conservação do reino. O estado Eclesiástico deixe de ser o que é por imunidade, e anime-se a assistir com o que não deve. O estado da Nobreza deixe de ser o que é por privilégios, e alente-se a concorrer com o que não usa. O estado do Povo deixe de ser o que é por possibilidade, e esforce-se a contribuir com o que pode; e desta maneira deixando cada um de ser o que foi, alcançarão todos juntos a ser o que devem; sendo esta concorde união dos três elementos eficaz conservadora do quarto. Vos estis sal terrae.
(*) o Estado Nobreza, o Estado Eclesiástico, o Estado do Povo.
Pe. António Vieira
Sermão de Santo António (Lisboa, 14 de Setembro de 1642)
quinta-feira, setembro 01, 2011
O exílio do crente
Nas "Vidas dos Padres Emeritenses", texto de meados do século VII, conta-se, entre outras, a vida de Masona, bispo de Mérida entre c. 570 – c. 600/610. Foi na altura das grandes disputas religiosas entre católicos e arianos, e Masona, católico devoto, foi levado a Toledo, à presença de Leovigildo, rei dos Visigodos entre 572-586 e seguidor da heresia ariana. Interrogado e ameaçado, resistiu às tentativas do rei no sentido de o converter ao arianismo. Derrotado, Leovigildo exigiu-lhe que ao menos permitisse que uma túnica de santa Eulália, relíquia então venerada em Mérida, fosse trazida para a catedral ariana de Toledo. Masona recusou. Leovigildo voltou à carga, e ameaçou-o com o exílio. Masona riu-se das ameaças, e deu esta resposta monumental, a que eu, agnóstico convicto, faço a minha vénia:
- Exilium mihi minaris? Compertum tibi sit quia minas tuas non pertimesco et exilium nullatenus pauesco, et ideo obsecro te ut si nosti aliquam regionem ubi Deus non est, illic me exilio tradi iubeas.
Cui ille ait:
- Et in quo loco Deus non est, biotenate?
Et uir Dei respondit:
- Si nosti quia in omni loco Deus est, cur mihi exilium minaris? Nam ubicumque me direxeris noui quia non me derelinquet pietas Domini.
(Vidas, 5.6.17-18)
Isto em linguagem é mais ou menos assim:
– Ameaças-me com o exílio? Fica sabendo que não tenho medo das tuas ameaças, e não tenho medo nenhum do exílio, e por isso peço-te que, se conheces alguma região onde não esteja Deus, ordenes que me levem para lá exilado.
Aquele disse-lhe:
E em que lugar não está Deus, ó tu que procuras a morte?
E o homem de Deus respondeu:
– Se sabes que Deus está em todo o lado, porque me ameaças com o exílio? Na verdade, para onde quer que me mandes, eu sei que a piedade de Deus não me abandonará.
- Exilium mihi minaris? Compertum tibi sit quia minas tuas non pertimesco et exilium nullatenus pauesco, et ideo obsecro te ut si nosti aliquam regionem ubi Deus non est, illic me exilio tradi iubeas.
Cui ille ait:
- Et in quo loco Deus non est, biotenate?
Et uir Dei respondit:
- Si nosti quia in omni loco Deus est, cur mihi exilium minaris? Nam ubicumque me direxeris noui quia non me derelinquet pietas Domini.
(Vidas, 5.6.17-18)
Isto em linguagem é mais ou menos assim:
– Ameaças-me com o exílio? Fica sabendo que não tenho medo das tuas ameaças, e não tenho medo nenhum do exílio, e por isso peço-te que, se conheces alguma região onde não esteja Deus, ordenes que me levem para lá exilado.
Aquele disse-lhe:
E em que lugar não está Deus, ó tu que procuras a morte?
E o homem de Deus respondeu:
– Se sabes que Deus está em todo o lado, porque me ameaças com o exílio? Na verdade, para onde quer que me mandes, eu sei que a piedade de Deus não me abandonará.
quarta-feira, agosto 24, 2011
Da pronúncia dos ditadores
Os media nacionais, seguindo a confusão generalizada, hesitam na grafia do nome do ditador da Líbia. Não se percebem os motivos de tanta balbúrdia ortográfica. Seguindo a transliteração consagrada internacionalmente para os nomes árabes, o nome do homem no nosso alfabeto seria Qaḏḏāfī (Muʿammar al-Qaḏḏāfī - مُعَمَّر القَذَّافِي). Ou, simplificando, Qaddafi. Quando muito, respeitando a pronúncia dialectal, Gaddafi. E este até é um dos casos em que a geralmente falível e pouco fiável wikipédia até acerta. Por isso, repito: não se percebe o motivo de tanta asneira sem qualquer fundamentação aceitável, como esta (ainda assim a menos disparatada), esta, esta ou esta, aberrações sem qualificação.
sábado, agosto 20, 2011
CSI: Praia da Rocha
Talvez eu esteja demasiado habituado a ver séries americanas, que nem sempre reflectem a própria realidade americana, mas depois de ver nas notícias a polícia a apanhar cartuchos do chão com as manápulas descobertas, numa provável "cena de crime", não posso deixar de pensar que isto explica muita cousa sobre este país.
Revisionismos . X
O dia de amanha [25 de Abril] comemora a independencia de Portugal, com a América do Norte.
Quando dava aulas em Caldas da Rainha, em 1995/1996, aproveitei a véspera de um 25 de Abril para pedir aos alunos do 8.º ano que escrevessem uma pequena redacção em que explicassem o que tinha sido essa data. Em duas turmas ninguém acertou nem de perto. Redescobri agora o ficheiro que então compilei com as melhores respostas.
sexta-feira, agosto 19, 2011
Das avestruzes sorrateiras
A Carolina diz que ao pé de casa há avestruzes, mas que como são muito tímidas ninguém as vê. Só que em ocasiões especiais e em festas lá em casa, e sobreutdo no dia de São Valentim, elas aparecem e põem-se a espreitar por cima do muro, mas às escondidas, para ninguém as ver.
Depois perguntou porque é que as avestruzes têm asas, se não voam. Tendo em conta a idade dela, expliquei que há milhões de anos elas eram aves mais pequenas que voavam, e que tinham evoluído, por selecção natural, de modo a não precisarem delas, tal como acontece com as galinhas. Ainda pensei em dizer simplesmente que era para se abanarem quando está muito calor e para fazerem sinais aos namorados, assim tipo leques, mas achei que era demasiado complicado para uma menina de pouco menos de 6 anos.
quinta-feira, agosto 18, 2011
Revisionismos . IX
Parece como eu iadizendo mais atras a ponte 25 de Abril o nome da ponde de 25 de Abril porque foi onde ouve a guerra onde se revoltou o povo contra Salazar e ele mandou tropas para os combater mas derrepente o povo chateado aborrecido por causa de matarem pessoas prenderem-nas por causa de dizerem a palavra politica um absurdo por isso eles lutaram contra a ditadora e ganharam e assim com algumas mortes conseguiram a independencia e assim se conseguiu eleger-se pessoas para governarem o pais e assim temos a nossa privacidade.
Quando dava aulas em Caldas da Rainha, em 1995/1996, aproveitei a véspera de um 25 de Abril para pedir aos alunos do 8.º ano que escrevessem uma pequena redacção em que explicassem o que tinha sido essa data. Em duas turmas ninguém acertou nem de perto. Redescobri agora o ficheiro que então compilei com as melhores respostas.
Revisionismos . VIII
por iso que acabou o tempo de esqrevatura que havia o tempo de sachanacham.
Quando dava aulas em Caldas da Rainha, em 1995/1996, aproveitei a véspera de um 25 de Abril para pedir aos alunos do 8.º ano que escrevessem uma pequena redacção em que explicassem o que tinha sido essa data. Em duas turmas ninguém acertou nem de perto. Redescobri agora o ficheiro que então compilei com as melhores respostas.
quarta-feira, agosto 17, 2011
Revisionismos . VII
O cravo um simblo do fim da politica de Salazar. O ex primeiro-ministro Salaza que estais no inferno, mandava em Portugal. Por isso mandou as tropas portuguesas explusar as religiões que não era dele. Então os cidadãos portugueses re voltaram contra Salazar, e foi assim: os cidadãos portugueses queriam matar Salazar e a raiva era tão grande.
Quando dava aulas em Caldas da Rainha, em 1995/1996, aproveitei a véspera de um 25 de Abril para pedir aos alunos do 8.º ano que escrevessem uma pequena redacção em que explicassem o que tinha sido essa data. Em duas turmas ninguém acertou nem de perto. Redescobri agora o ficheiro que então compilei com as melhores respostas.
sexta-feira, agosto 05, 2011
Revisionismos . VI
O antigo presidente Mario Soares (tambem conhecido por Mario Bocheichas) tambem foi preso pela PIDE mas depois fugiu do quartel. O Mario Soares para fugir teve que se atirar ao Rio tejo. No dia 25 de Abril de 1974 o povo revoltou-se contra o governo e foram distribuidas muitas rosas vermelhas.
Quando dava aulas em Caldas da Rainha, em 1995/1996, aproveitei a véspera de um 25 de Abril para pedir aos alunos do 8.º ano que escrevessem uma pequena redacção em que explicassem o que tinha sido essa data. Em duas turmas ninguém acertou nem de perto. Redescobri agora o ficheiro que então compilei com as melhores respostas.
Revisionismos . V
O 25 de Abril não tenho bem a ceteza mas acho que o dia da independencia de Portugal. Deixou de ser governado pelo Rei para passou a ser gornado pelo 1.º Menistro ou seja, deixou de ser Monarquia para ser Oligarquia.
Quando dava aulas em Caldas da Rainha, em 1995/1996, aproveitei a véspera de um 25 de Abril para pedir aos alunos do 8.º ano que escrevessem uma pequena redacção em que explicassem o que tinha sido essa data. Em duas turmas ninguém acertou nem de perto. Redescobri agora o ficheiro que então compilei com as melhores respostas.
Nos próximos tempos deixarei aqui uma selecção, com a ortografia (passe o eufemismo) original.
quarta-feira, agosto 03, 2011
Revisionismos . IV
Quando dava aulas em Caldas da Rainha, em 1995/1996, aproveitei a véspera de um 25 de Abril para pedir aos alunos do 8.º ano que escrevessem uma pequena redacção em que explicassem o que tinha sido essa data. Em duas turmas ninguém acertou nem de perto. Redescobri agora o ficheiro que então compilei com as melhores respostas.
Nos próximos tempos deixarei aqui uma selecção, com a ortografia (passe o eufemismo) original.
Houve uma grande guerra mundial ou seja uma Revolução. começaram atirar cravos vermelhos uns aos outros. (...) Apartir desta guerra o nosso pais passou a ser independente, uma monarquia.
terça-feira, agosto 02, 2011
Revisionismos . III
Quando dava aulas em Caldas da Rainha, em 1995/1996, aproveitei a véspera de um 25 de Abril para pedir aos alunos do 8.º ano que escrevessem uma pequena redacção em que explicassem o que tinha sido essa data. Em duas turmas ninguém acertou nem de perto. Redescobri agora o ficheiro que então compilei com as melhores respostas.
Nos próximos tempos deixarei aqui uma selecção, com a ortografia (passe o eufemismo) original.
A revolução de 25 de Abril foi em 1974, comandada pelo General Spinola. que consistiu em findar a Democracia e passar para a republica. Foi uma revolução que demorou 1 mes e que envolveu mais de 1 milhão de pessoas que ao passarem por Lisboa a arrasaram completamente (...).
Revisionismos . II
Quando dava aulas em Caldas da Rainha, em 1995/1996, aproveitei a véspera de um 25 de Abril para pedir aos alunos do 8.º ano que escrevessem uma pequena redacção em que explicassem o que tinha sido essa data. Em duas turmas ninguém acertou nem de perto. Redescobri agora o ficheiro que então compilei com as melhores respostas.
Nos próximos tempos deixarei aqui uma selecção, com a ortografia (passe o eufemismo) original.
Aluno 2: Com esta revolta deixamos de ter anarquia e passamos a ter uma monarquia.
Aluno 3: Foi neste dia, no ano de 1974 que o povo Portugual se revoltou contra o regime democratico.
Revisionismos . I
Quando dava aulas em Caldas da Rainha, em 1995/1996, aproveitei a véspera de um 25 de Abril para pedir aos alunos do 8.º ano que escrevessem uma pequena redacção em que explicassem o que tinha sido essa data. Em duas turmas ninguém acertou nem de perto. Redescobri agora o ficheiro que então compilei com as melhores respostas.
Nos próximos tempos deixarei aqui uma selecção, com a ortografia (passe o eufemismo) original.
A pide era uma seita do governo que predia todos aqueles que falacem mal do governo. Ninguem sabia quais eram os furasteiros da pide. O primeiro-ministro Salazar era um primeiro-ministro, que era um velho de barbaras ataos pes e o seu grande adeversario o General Spiola e que combateu com os seus homens o Salazar e os furasteiros da pide.
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