sexta-feira, novembro 26, 2010

mens uix sana in corpore sano

As contas batiam certo: acabar a aula e sair da FLUL às 19:40, para estar na FCSH às 20:00, para começar outra aula. Só que ao chegar ao Metro, os altifalantes vomitavam que a Linha Amarela estava interrompida. Solução? Respirar fundo e correr até à Avenida de Berna. São 19:45, mais cousa menos cousa.

Mochila com 8,4kg às costas (eu sei, demasiado peso, mas são tudo cousas essenciais), a correr pela Alameda da Universidade abaixo, Campo Grande, Entre Campos, Campo Pequeno, primeira metade da Avenida de Berna - a última metade foi feita já a passo, para não dar mau aspecto, um professor todo suado a correr à porta da faculdade.

Mas correu tudo bem. São cerca de 15 minutos, a correr, desde a Faculdade de Letras à FCSH da Universidade Nova. E quando me perguntam para que é que eu faço duas a três corridas de 10 a 15 km cada por semana, eu respondo que é também para fazer frente a circunstâncias como estas.

quarta-feira, novembro 24, 2010

O desassossego do pedante

 

O Filme do Desassossego não passa no circuito comercial, o que, segundo se explica na página, se justifica por não se querer que o filme passe em salas de centros comerciais - porque se pretende, diz a página oficial, dar "dignidade e carácter de acontecimento cultural" a cada exibição. Cá está a pusilanimidade, a parolice tuga no seu melhor.

Não é que me pareça mal a masturbação implícita no cerimonial descrito para cada exibição. Acho até lindamente que o filme passe em cine-teatros e que tenha em todas as exibições toda a pompa que a página descreve. Mas não vejo qualquer justificação que o impeça de passar também no circuito comercial - e se essa justificação for financeira, então que o assumam e se deixem de justificações bacocas a acusar implicitamente de bárbaros ou pelo menos de culturalmene indignos os que frequentam os cinemas nos centros comerciais.

E sou insuspeito quando tomo a defesa da passagem em circuito comercial: eu nem vou ver filmes a centros comerciais, simplesmente porque o que lá passa, com algumas excepções, não me estimula, é-me aborrecido, custa-me mesmo a entender como é que alguém pode achar graça àquilo. Nos últimos 20 anos não devo ter ido ver mais do que 5 ou 6 filmes a salas comerciais (não é exagero), e saí arrependido de quase todos. Mais ainda, acho uma falta de gosto e de civismo os ruídos e os cheiros decorrentes da mastigação e do sorver das pipocas e dos sumos. Mas daí a poder justificar com isto a não exibição deste filme, financiado pelo Estado, em salas de cinema comerciais, parece-me no mínimo uma parolice.

Este filme, depreende-se assim do que se lê na sua página oficial, depreende-se  também desta exibição exclusiva em salas poucas e escolhidas a dedo, e depreende-se, sobretudo, da recusa em passar no circuito comercial, não é para todos, é só para os que o merecem.

Mesmo tendo sido financiado em parte com o dinheiro de todos nós, inclusive daqueles que vão ao cinema nos centros comerciais.

domingo, novembro 21, 2010

O trabalho liberta peso



Com este horário de gente douda, a correr, nem sempre de forma metafórica, entre a Cidade Universitária e a Avenida de Berna, sem um único dia de descanso, nem sequer Sábados e menos ainda Domingos, já perdi mais peso em pouco mais de dous meses do que nos três anos anteriores. Mais, a balança disse-me esta manhã que estou a pouco mais de 2kg do mínimo absoluto dos últimos 25 anos.