Adenda à mensagem anterior
Ser político profissional não tem mal nenhum. Só na mente dos ideólogos da campanha cavaquista, ávidos de caçarem o voto pouco esclarecido, é que isto é um problema. Para os eleitores esclarecidos, incluindo grande parte do eleitorado cavaquista, ser político profissional não é problema nenhum - o seu candidato é, de resto, um dos mais profissionais políticos portugueses.
Portanto, grave não é ser político profissional. Grave, muito grave, é fazer-se passar por estar desligado da vida política, quando qualquer pessoa com memória sabe que Cavaco é uma das mais influentes figuras da política portuguesa desde há 25 (vinte cinco) anos, com cargos de responsabilidade como Ministro das Finanças (1 vez) e Primeiro-Ministro (3 vezes). Grave é enganar as pessoas desta maneira, com esta chico-espertice, com estes jogos de palavras. Grave é ostentar aquela pose salazarenga de austero messias acima da política, quando se é um dos mais influentes políticos dos últimos 31 anos, para o bem e para o mal.
Portanto, grave não é ser político profissional. Grave, muito grave, é fazer-se passar por estar desligado da vida política, quando qualquer pessoa com memória sabe que Cavaco é uma das mais influentes figuras da política portuguesa desde há 25 (vinte cinco) anos, com cargos de responsabilidade como Ministro das Finanças (1 vez) e Primeiro-Ministro (3 vezes). Grave é enganar as pessoas desta maneira, com esta chico-espertice, com estes jogos de palavras. Grave é ostentar aquela pose salazarenga de austero messias acima da política, quando se é um dos mais influentes políticos dos últimos 31 anos, para o bem e para o mal.
A propósito, recorde-se o estado em que o seu consulado no Ministério das Finanças (1980-1983) deixou o país. Já sem falar no "monstro" criado durante os seus governos (1985-1995), o tal défice, que atingiu nessa altura valores altíssimos, mais até do que o défice deixado por Santana, e muito mais do que o défice deixado por Guterres. Por isso nem é de admirar as desfaçatez com que agora aparece como salvador da pátria, como se nada tivesse que ver com o actual estado do país. Já tinha feito o mesmo em 1985, aproveitando-se da memória curta do eleitorado português.
É por estas e outras coisas que eu NÃO vou votar Cavaco. Não quero ver voltar à política portuguesa aquela probóscide antipática. Lembrar-me-ia sempre da arrogância do seu governo. Do total desrespeito pelos mais desfavorecidos. Da força brutal da polícia, que lançava cães e bastonadas contra manifestações pacíficas. Do descontrolo das finanças públicas. Do desemprego. Da má disposição. De todas estas e outras coisas de que os mais desmemoriados já não se lembram. Não quero.
Ainda não sei em quem vou votar, se em Mário Soares se em Manuel Alegre - que são tão profissionais como Cavaco, mas assumem-no e orgulham-se disso. Mas sei muito bem em quem não vou votar.
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