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Se Cavaco agora se vangloria de ter governado em prosperidade, a Soares o deve, em última análise. Não fossem os milhões da UE, e as maiorias absolutas cavaquistas não teriam tido as condições ímpares que não souberam aproveitar. A adesão à UE (então CEE) foi uma das principais batalhas políticas de Mário Soares, iniciada logo após o 25 de Abril. E foi Soares que assinou a adesão, na qualidade de primeiro-ministro demissionário de um governo derrubado por Cavaco Silva, na sequência da sua ascensão à presidência do PSD, ele que agora tem a audácia de se arrogar defensor da estabilidade.
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