A nova presidente do Brasil diz que é uma "presidenta". Pela mesma ordem de ideias, nesta fúria ignorante de pôr "a" em palavras que são invariáveis para lhes fazer o feminino, também terá de dizer "feliza", "contenta", "inteligenta", "audaza". Podemos mesmo propor que, quando se referir a mulheres, o conhecido dito passe a ser "a sorta favorece as audazas". Nada mau!
E, seguindo o mesmo raciocínio (é preciso sermos coerentes), terá de retirar o "a" para fazer o masculino de palavras invariáveis como "polícia", "guarda" ou "astronauta". Assim, Dilma (e os que vão na mesma onda) terá de dizer "o sr. polício", "o sr. guardo", "o sr. vigio" ou "o astronauto Buzz Aldrin". Porque se põe, tolamente, um "a" para fazer um feminino numa palavra invariável (ou será, a partir de agora, "invariavela"?), porque não tira o mesmo "a" para fazer o masculino de uma palavra igualmente invariável?
3 comentários:
Já viste o "José e Pilar", o filme recente que anda aí?
Ela fala justamente do "presidenta" e insiste na outra posição.
Acho que percebo a tua lógica (afinal gosto de uma mulher sorridentE, não sorridenta), mas no caso entendo a motivação, enfatizar o género da presidente.
Não vi, mas sei que ela diz que quem não diz "presidenta" é ignorante. Eu cá acho que ela é ignoranta.
Boa noite,André!
Lamento informar que esse estilo de corromper a língua portuguesa é o legado de nossa nação e de nossa herança do eurocentrismo,que ainda ecoa por aqui,em terra brasilis.Fiquem tranquilos,"presidenta",torna-se risível aos nossos ouvidos.
Enviar um comentário