terça-feira, dezembro 12, 2006

Besta

Lá queimaram o porco fascista de Santiago. Eu não me teria lembrado de melhor destino a dar à besta. Bom, talvez lhe lançasse o corpo imundo para uma vala comum, ou em alto-mar, mas isso seria vingança, pois repetiria o que ele fez aos outros. E eu não sou pela vingança, sou pela justiça. Por isso, e apesar de a justiça não ter sido eficaz e rápida em vida, talvez tenha sido melhor assim, queimar-lhe as entranhas nojentas e poupar a terra aos fluidos e fedores do seu corpo decomposto.

Não deixa de ser curioso que a filha mais nova do celerado tenha resolvido quebrar o gelo e introdudir uma nota de fino humor negro, ao aclamar o pai como defensor da liberdade. Mas talvez devesse guardar a piadinha de mau gosto para o ambiente mais familiar, poupando-nos a nós.

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