
Não é assim que se integram pessoas mentalmente saudáveis. Aliás, é óbvio para qualquer pessoa que não é essa a intenção, que isso não passa de um pretexto, passado de geração em geração, para os praxadores exerceram sobre os novos as suas frustrações sociais e sexuais. Se quisessem integrar organizavam festas e jantares, por exemplo. É no convívio que se integra, não na humilhação. E só uma mente muito doente pode confundir as duas coisas. No meu tempo de estudante não havia praticamente praxes na FLUL - e não foi assim há tanto tempo. Ao fim de poucas semanas conhecia já dezenas de colegas. Ninguém me praxou, ninguém me humilhou (admito que o meu 1,80 - altura elevada para a minha geração - e as minhas botas militares, cabelo rapado e calças rotas tenham intimidado alguns dos escassos praxadores). Conheci tanta gente em festas e jantares organizados por colegas mais velhos ou mesmo entre nós. O meu 1º ano foi inesquecível - talvez até demasiado. Sem praxes.
Poderei dizer que não me senti integrado, por não ter sido praxado? De facto não fui integrado em grupos sado-maso. Mas fui plenamente integrado no resto da faculdade.
1 comentário:
Não podes pôr todos os praxantes e praxados no mesmo saco. Há quem saiba o que realmente significam as praxes e ponha em prática o real conceito de integração de novos alunos numa universidade. Fui caloira muito bem praxada e enquanto praxante tentei sempre que as praxes não fugissem daquilo que realmente se pretende e caissem na humilhação que muitas vezes acontece e da qual todos os praxantes conscientes se sentem envergonhada.
Tenho pena que os praxantes na foto façam parte da universidade que com tanto gosto frequentei, mas infelizmente ´maus exemplos existem sempre...
Enviar um comentário