Dizem os defensores da praxe que esta é uma tradição secular. Sê-lo-á, em Coimbra. Não é, em Lisboa e outros sítios. Não era, quando tirei o curso entre 1989 e 1993, na FLUL. Mas ainda que fosse. Admitamos, por pura hipótese académica (sem tradição) que sim, que era (mas não é) uma antiga tradição. Vamos perpetuá-la só por ser tradição? Vamos recuperar a escravatura, longuíssima tradição? Vamos recuperar a pedofilia, tradição praticada durante milénios praticamente até aos nossos dias - quem não conhece casos de senhoras de idade, normalmente das aldeias, que se casaram aos 13 e 14 anos? E que tal o espancamento de mulheres pelos maridos, riquíssima tradição praticada até aos dias de hoje? E a exposição de filhos deficientes, tradição greco-latina, base da nossa civilização? Vamos recuperar isto tudo? Claro que não. Pessoas inteligentes e civilizadas sabem que tradição não é igual a lei, e que muitas tradições são condenáveis e devem ser combatidas. Como a alegada tradição académica.
As imagems deste e dos artigos anteriores foram retiradas do Antípodas - Movimento Anti-Praxe.
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