sábado, abril 24, 2010

Da colheita da Verdade


Nos 'meus' documentos do Arquivo Secreto Vaticano, um autor português responde ao um espanhol, no contexto da guerra diplomática que se seguiu à Restauração de 1640:
(...) ipsum tabellarium a Te adductum diligenter inspiciemus, ut mundo pateat quod Tu ex luce nebulas, non autem ex nebula lucem emergere facis, et ad instar illius emblematis unius floris in quo considentes apem et araneum iste uenenum, et altera uero mel haurit, Tu non solum e Tabellario, sed ex omnibus scripturis uenenum mendacii, et ambagum non autem ueritatis mel expromere curas.

O que é como quem diz, em linguagem:

(...) examinemos atentamente o próprio tabelário por ti aduzido, de modo a que fique patente ao Mundo que tu fazes nascer da luz as névoas, não da névoa a luz, e à semelhança daquela imagem de uma flor, na qual estando uma abelha e uma aranha, esta sorve veneno, a outra mel, tu tratas de retirar não só do tabelário, mas de todas as escrituras, o veneno da mentira e das ambiguidades, mas não o mel da verdade.


Toma lá que é para aprenderes.

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