
É como uma lapa chata, agarrada à rocha do seu lugarzinho de deputado, pelo partido pelo qual foi eleito, mas contra o qual queria concorrer. E tem todo o direito de querer, deixemo-lo bem claro. O que não se percebe é porque raio se mantém deputado e filiado no partido contra o qual vota no parlamento, ao lado da oposição, a cujo congresso, onde poderia expor e discutir as suas ideias, se baldou, e contra o qual diz que se pudesse se candidatava.
Helena Roseta, que é uma grande mulher, ao menos levou a sua divergência às últimas consequências, saindo (infelizmente) do partido assim que se sentiu a mais. É que quando se é uma figura de relevo num partido e se está em rota de colisão com a direcção só há duas coisas a fazer: apresentar uma candidatura alternativa, ou sair. Roseta optou pela última solução. Alegre preferiu ficar sem ficar. Não apresentou candidatura alternativa - nem sequer foi a congresso - nem saiu. E é por isso que eu, eleitor socialista, até votaria em Helena Roseta, se se apresentasse como candidata presidencial. Mas em Alegre, em quem nas últimas eleições presidenciais até me senti tentado a votar, agora nem morto, nem com uma mola no nariz. Antes votar em branco (Cavaco nem que viesse deusnossenhor pedir pelamordedeus). É que eu não gosto de lapas.
Sem comentários:
Enviar um comentário