Há dias, numa das minhas aulas de árabe via conferência áudio, a minha professora egípcia resolveu dar a aula quase toda em árabe, em vez do usual inglês. Tudo correu bem até ao momento em que começou a perguntar a raiz dos verbos que iam aparecendo. Ora, em árabe a raiz verbal, ou base, diz-se القاعدة , o que se transcreve al-qâʿida (acentuação na sílaba -qâ-), o mesmo nome usado para a infame rede terrorista (*). Na altura brinquei, dizendo-lhe que tivesse cuidado, não fosse ser surpreendida pela visita de espiões americanos que a tivessem sob escuta. Ela não respondeu, e eu pensei que tivesse levado a mal. Minutos depois o seu nome desapareceu da lista da conferência. Quando voltou, pediu muitas desculpas, mas a sua ligação tinha sido cortada durante aqueles minutos. E eu já estou como o Sancho, que não acreditava em bruxas, mas...
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(*) E que os media portugueses parolamente transcrevem à inglesa, quando a forma aportuguesada seria aquela que indiquei, ou, no limite, alcaida.
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(*) E que os media portugueses parolamente transcrevem à inglesa, quando a forma aportuguesada seria aquela que indiquei, ou, no limite, alcaida.
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