segunda-feira, janeiro 18, 2010

Länge leve Sverige!


Às vezes é nas pequenas coisas que se percebe porque é que certos países são ricos e outros se arrastam na lama.

No início do Verão de 2008 encomendei na Biblioteca Nacional uma digitalização em suporte DVD de um impresso português de 1647. Depois de preenchida a papelada em duplicado, esperei vários meses, e arrotei cerca de 70€ - que só não foram mais porque fui buscar em mão o dito cujo, que só me foi dado quando apresentei toda a papelada a comprovar que tinha entornado o carcanhol no balcão a 3 metros de distância.

No dia 31 de Dezembro de 2009 enviei um email à Biblioteca Nacional da Suécia a perguntar se seria possível fazerem-me uma digitalização de um impresso português de 1641, de dimensão semelhante ao referido ali em cima. Poucas horas depois tinha uma amável resposta a dar-me as indicações necessárias para a encomenda. No dia 4 de Janeiro de 2010 enviei por email o meu pedido, sem mais formalidades que um "Dear sirs" no cabeçalho. Hoje, dia 18 de Janeiro de 2010, duas semanas depois, recebi o meu DVD por correio - antes de pagar, o recibo vem lá dentro - na Suécia não partem do princípio de que o cliente é um ladrão em potência. O preço? 229 coroas suecas, ou seja 22€, mais coisa menos coisa, portes de envio incluídos.

Não é por isto que a Suécia é um dos países mais desenvolvidos e ricos do mundo, mas é um sintoma de uma mentalidade que infelizmente não existe por cá. É em dias como estes que me apetecia ter nascido uns milhares de quilómetros mais a Norte (tirando estes, são os outros dias todos).

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