Fui levar a minha mãe a Fátima. Enquanto ela rezava, eu sentei-me a reler um dos meus livros sagrados: Ulysses, do Joyce. E lmbrei-me daquela vez em que ia no comboio a ler a Ilíada, versão calhamaço da Cotovia, e uma senhora, depois de passar a viagem toda a olhar para mim embevecida, no fim disse "está a ler a Bíblia, que bonito".
Depois andei a ver as lojas dos vendilhões do templo, e dei com aqueles quadros ultra-kitsch que ninguém de bom gosto pode algum dia comprar, daqueles que mudam consoante a perspectiva. A Cristina já me tinha chamado em tempos a atenção para dois deles: um começa com Jesus e vai mudando para Nossa Senhora. Mas há ali um ponto intermédio em que a Nossa Senhora ainda não é Jesus mas também já não é Nossa Senhora, ficando ali a meio, com uma exuberante barba. Há outro em que Jesus abre e fecha os olhos, o que deve ser fonte de terror para visitantes incautos. Mas há ali uma fase em que um dos olhos está aberto enquanto o outro está fechado, de modo que se olharmos dessa perspectiva temos Jesus com ar lânguido a piscar-nos o olho. Lindo.
Depois andei a ver as lojas dos vendilhões do templo, e dei com aqueles quadros ultra-kitsch que ninguém de bom gosto pode algum dia comprar, daqueles que mudam consoante a perspectiva. A Cristina já me tinha chamado em tempos a atenção para dois deles: um começa com Jesus e vai mudando para Nossa Senhora. Mas há ali um ponto intermédio em que a Nossa Senhora ainda não é Jesus mas também já não é Nossa Senhora, ficando ali a meio, com uma exuberante barba. Há outro em que Jesus abre e fecha os olhos, o que deve ser fonte de terror para visitantes incautos. Mas há ali uma fase em que um dos olhos está aberto enquanto o outro está fechado, de modo que se olharmos dessa perspectiva temos Jesus com ar lânguido a piscar-nos o olho. Lindo.
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