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Conde da Ericeira (1632-1690), História de Portugal Restaurado, Vol. I, liv. II«(...) pegou D. Álvaro de Abranches na bandeira da cidade, seguiram-no todos, vieram buscar o arcebispo, e quando baixava, defronte da Igreja de Santo António, pouco distante da Sé, gritou o povo que uma imagem de prata de Cristo crucificado, que levava um capelão, a quem tocava, diante do Arcebispo, despregara o braço direito. As felicidades de Portugal e a justiça daquela acção podem persuadir que seria milagre; se sucedeu por acaso, foi pela ocasião muito misterioso. Gritou o povo prostrado por terra, que era milagre, e todos cobravam invencível confiança de que Deus aprovava a gloriosa deliberação dos confederados. Persuadidos de tão grande incentivo, não soavam em toda a cidade mais que vivas e aclamações ao novo Príncipe, valoroso autor da liberdade da Pátria.»
ed. António Álvaro Dória, Livraria Civilização, Porto, 1945. p. 124
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