O ocupante do Palácio de Belém promulgou a lei que alarga a escolaridade obrigatória até aos 12.º ano. A esquerda votou a lei, como seria desejável. A direita absteve-se. Podia ser apenas mais um sintoma de que a direita está pouco interessada no melhoramento do país, se isso significar melhorar o acesso à educação e à cultura. Mas é mais do que isso: é sinal de incoerência e, como é costume, de fazer na oposição o oposto que fez no governo. É que o governo PSD-CDS liderado pelo Durão Barroso, e de que Manuela Ferreira Leite era o n.º 2, tinha anunciado com tremenda pompa e circunstância que ia alargar a escolaridade até ao 12.º ano - o que, pelos vistos, era mentira. No entanto agora, poucos anos depois, abstêm-se os dois partidos. Seria motivo para dizer que há mistérios insondáveis, não fosse o PSD há muito nos ter habituado a dizer uma coisa hoje e o seu oposto amanhã, desde que sirva os seus interesses eleitorais mais imediatos.
1 comentário:
Por falar em coerência, o PR ontem veta invocando que o momento não é oportuno para se aprovar a lei... um dia depois aprova outra lei...
hmmmm... será que o narigudo é o PR?
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